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Tutores investem até R$ 2 mil por mês em alimentação natural para pets

Matéria da CBN, publicada em 18 de abril de 2025 pela jornalista Débora Costa. O texto abaixo foi resumido mas você pode ler o original publicado através do link no final dessa página.


O mercado oferece produtos frescos e sem conservantes para cães e gatos.


Por Débora Costa — Belo Horizonte

18/04/2025 16h45

Alimentação natural para pets — Foto: Freepik
Alimentação natural para pets — Foto: Freepik

Durante dois anos, a gerente financeira Gleice Oliveira precisou levar a cachorrinha dela, a Antônia, da raça Bulldog Francês, em sucessivas consultas veterinárias para o tratamento de uma dermatite atópica. Para controlar a doença inflamatória da pele, um especialista consultado sugeriu trocar a ração seca por alimentação natural. Segundo a tutora, a saúde do pet melhorou após a mudança.


"Desde essa época, de dois anos para cá, ela só come alimentação natural. A Antônia teve uma melhora muito boa na saúde, nos exames e na dermatite dela, até porque algumas coisas a gente já descobriu que ela não pode comer. Como, por exemplo, frango. Agora, em relação ao custo financeiro, sai sim um pouco mais caro do que a ração, mas vale muito a pena. Quando você pensa que o animalzinho que come ração, às vezes, precisa muito mais ir ao veterinário, os custos aumentam muito", contou.

Cachorrinha Antonia — Foto: Arquivo Pessoal
Cachorrinha Antonia — Foto: Arquivo Pessoal

A alimentação natural para pets consiste na produção de refeições com ingredientes consumidos por humanos e que não passam pelo processo de industrialização. Os alimentos também são frescos e não possuem conservantes, além de enriquecidos de vitaminas e minerais.


Alimentação natural para pets — Foto: CBN
Alimentação natural para pets — Foto: CBN

Segundo empresas que atuam no setor, os valores variam dependendo do tipo e quantidade de refeições compradas. A CBN apurou que os tutores investem, mensalmente, de R$ 250 a R$ 2.000. As marcas oferecem os produtos em marmitas ou saquinhos já porcionados e congelados, com entregas semanais ou mensais.


O designer gráfico Delney Meireles adotou a alimentação natural para os próprios cães, que acabou virando também o negócio da família. Ele montou uma empresa em Belo Horizonte há quatro anos, que oferece 10 receitas diferentes e que ganharam nomes de pratos de "Comida de Boteco", como "Mexidão Mineiro", "Arrozinho de Forno" e "Moelinha". Segundo Delney, as refeições são acompanhadas por um veterinário e pensadas para oferecer nutrição e praticidade.



Delney Meireles resolveu investir num negócio focado em alimentação natural pra pets em BH — Foto: Arquivo Pessoal
Delney Meireles resolveu investir num negócio focado em alimentação natural pra pets em BH — Foto: Arquivo Pessoal
"Eu tenho essa preocupação de usar produtos bem acessíveis para ficar mais barato, como arroz integral, pernil, carne de boi, carne de frango, legumes, couve, batata-doce. É uma alimentação que acaba saindo um pouco mais cara do que a ração, mas que traz tantos benefícios para a saúde do cachorro, que ela acaba, no final, sendo mais barata. Nós optamos por utilizar potinhos plásticos para a comidinha ficar soltinha, não ficar aquela coisa empapada e ter uma aparência melhor. A refeição é entregue congelada, no melhor dia e na hora para o cliente", relatou.

A conselheira Evelynne Marques, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, ressalta que tanto a ração seca quanto a alimentação natural são eficientes em termos de nutrição e o uso vai depender das necessidades de cada pet. Porém, os tutores devem fazer uma consulta a um especialista antes de adotar mudanças por conta própria nas refeições dos bichos de estimação.


"Hoje nós temos um vasto espaço nas redes sociais, onde há muitas pessoas querendo ocupar enquanto nichos de mercado. Então, nós temos muitos leigos oferecendo alimentação natural para cães e gatos e é muito importante deixar sempre destacado que o ideal é você buscar a orientação técnica sempre de um médico veterinário, nunca fugir disso. No caso das empresas que vão oferecer e trabalhar com produtos de origem animal, ela tem que ter um responsável técnico veterinário", explicou.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é obrigatório ter um responsável técnico formado em medicina veterinária, zootecnia ou engenharia agronômica para responder pela produção de alimentos.


Fonte: CBN, por Débora Costa.


 
 
 

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